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Tecnologias apresentadas por empresas participantes do projeto Fábrica Conceito na FIMEC 2022


De maneira sustentável, a Basf produz para o setor calçadista materiais de alto desempenho para todos os tipos de calçados - casuais, esportivos e de segurança.


O portfólio inclui sistemas de PU, TPU e plásticos de engenharia, além de incluir também opções com fonte renovável. “É uma caixa de ferramentas única e integrada de soluções. Além dos conhecimentos sobre os materiais, temos compreensão completa da cadeia de valor - desde a forma como a química é produzida até a melhor maneira de fixar a sola do calçado”, considera o gerente de Negócios sênior para América Latina, Heitor Barbosa, complementando que esse conhecimento pode ajudar os clientes a encontrarem novas e mais rentáveis maneiras de trazer seu produto.


Um dos maiores avanços oferecidos pela Basf para o setor é o Haptex, uma solução para injeção de laminado sintético similar ao couro, com significativa performance ambiental em comparação a convencionais feitas por processos à base de solventes e de água em termos de emissões de carbono. “A partir de uma Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) conduzida pela Intertek - provedor líder de Garantia de Qualidade Total para indústrias em todo o mundo, comprovou que o Haptex produz 52% menos emissões de gases do efeito estufa, com uma redução de mais de 20% no consumo de energia ao utilizar 1kg de produtos químicos para a produção de produtos semelhantes ao couro”, ressalta Heitor. Isso se deve principalmente à eliminação da via úmida nos processos de produção, o que reduz o consumo de água em 30% em comparação aos métodos habituais de produção de poliuretano à base de solventes.

A Brastema, especializada em tecnologia têxtil, apresenta para o segmento calçadista teares retilíneos Shima Seiki computadorizados para a produção de cabedais 3D Knit.


O diretor, Luis Seidl, explica que são máquinas com tecnologia Wholegarment, que produzem gáspeas sem costura, bem como o sistema total fashion, SDS-ONE APEX4, para a criação de designs, variações de cores, simulações virtuais e programação de tecimento.

Atuando tanto no mercado interno quanto de exportação, aponta que o modelo N.SSR112 é, hoje, o mais comercializado no País. “Este tear retilíneo apresenta alta produtividade por meio de um carro mais leve e compacto, sendo recomendado para o setor calçadista, já que o mesmo necessita da união de eficiência e qualidade para atender a demanda de mercado”, detalha.


No exterior, um dos preferidos é o tear retilíneo SVR 093, que oferece custo-benefício agregado à alta produtividade por possuir três sistemas e pela capacidade de tecimento de cabedais que exigem maior recurso técnico, obtendo assim, designs mais complexos. O N.SSR112 e o SVR093 integram a tecnologia Sistema de Controle Digital de Pontos (Digital Stitch Control System - DSCS), prensa malha, sistema de pente, pinças e tesouras. Também possuem o exclusivo Sinker com mola, que, na N.SSR112, possui uma amplitude maior de deslocamento, permitindo maior controle e eficiência em tecimentos tridimensionais.

COFRAG

A Cofrag é uma indústria têxtil com tecnologias avançadas no setor de tecelagem, tricotagem, tinturaria, estamparia, espumas em poliuretano, termomoldados, termoplásticos e dublagens.


Com um amplo mix de produtos, desenvolve tecidos para linha esportiva e feminina com acabamentos variados e tecnológicos, espumas, palmilhas, materiais dublados além da linha de termoplásticos com couraças e contra fortes, cada vez mais voltados à sustentabilidade.


Recentemente, por exemplo, lançou o fio Ecomade com 20% de material reciclado de resíduos de fábrica. Segundo a diretora executiva, Carla Haag, a fibra tem certificado Global Recycled Standard (GRS), que permite o rastreio do material reciclado desde a origem até o produto final, incluindo rígidos requisitos sociais, ambientais e químicos.


Também apresenta o amaciante à base de silicone reciclado Tubingal Rise, fabricado através da economia circular, com matéria-prima de origem secundária oriunda de produtos descartados, como capinhas de celulares.


Desenvolveu ainda uma linha de espumas flexíveis que utiliza poliol de origem vegetal e material PET reciclado em sua formulação. “Aceleramos a decomposição no ambiente e ainda temos o reprocessamento de material PET pós consumo, ou seja, aqueles resíduos principalmente de garrafas e embalagens que seriam descartados no meio ambiente são processados e novamente empregados como uma parte na formulação dessas espumas”, conta Carla.


Máquinas de Corte, de pré-costura, desenvolvimento de softwares para processos e controles e produção, e CAD para modelagem são especialidades da Comelz do Brasil.


O diretor Marcelo Cezario destaca a linha CZ Plus, com sistema de corte automatizado e compacto na qual se pode alternar entre materiais em couro, sintéticos, têxteis, papelões, EVA, entre outros, assim como corte de uma ou múltiplas camadas, sem precisar adequar a máquina a cada troca.


“O diferencial desta linha é a versatilidade com que ela se adequa em cada processo produtivo. Estes modelos possuem porta-rolos e abastecedor embutido no equipamento e de rápido acesso, o que faz com que em uma produção se possa sair de um material/modelo para outro sem um tempo de setup perceptível, facilitando o trabalho do PPCP das empresas. A velocidade de corte e perfuro também aumentou 20% e 80% respectivamente, em relação a tecnologia anterior da própria Comelz”, pontua Marcelo.


Ele ressalta ainda alguns dos benefícios para as indústrias calçadistas com o uso do CZ Plus, como diminuição de consumo de matéria-prima, de gastos com mão de obra e de gastos com navalhas e/ou moldes, planejamento antecipado com previsão de custos precisa, organização do fluxo produtivo desde o planejamento de produção, possibilidade de trabalhar com operadores com menos conhecimento e experiência de corte e em consequência menores valores salariais.


A DPK Máquinas é representante de grandes indústrias internacionais.


O diretor Comercial Leandro Kuntzler destaca o modelo Saturno 3, um sistema de corte CAD/CAM automático projetado para cortar os mais diversos tipos de materiais utilizados na fabricação de calçados que se apresentem em folhas, tiras e bobinas. O carregador automático permite o carregamento do material mesmo durante a fase de corte, inclusive, quando necessário, cortar no modo de várias camadas (contrafortes, couraças, microduro, laqueado, plantex, papelão reforço, timbó etc.), devido ao carregamento automático de 2, 3, 4 ou mais folhas dependendo do tipo de material.


As cabeças de corte de oscilação eletromecânica permitem o processamento de qualquer tipo de material rígido com espessura máxima de até 12 mm, incluindo tiras, dublados, elastômeros, termoplásticos e couro regenerado. A máquina, com seu sistema de cabeçote duplo e corte em contínuo, garante alta produtividade.


Outro equipamento em evidência é a mesa de corte ITTA IC1670 para o corte em contínuo de materiais naturais e/ou sintéticos, completa de hardware e software otimizador de consumo. “A otimização e unificação dos processos produtivos aportando maior qualidade aos calçados é um grande benefício para as indústrias, que também auxilia a driblar a dificuldade cada vez maior das empresas em encontrarem mão de obra especializada”, ressalta.


A EasyPro Tecnologia desenvolve softwares únicos e inovadores, voltados para produtividade, eficiência e qualidade.


Uma das ferramentas fornecidas pela empresa é a EasyQuality, criada para solucionar as dores de clientes que trabalham com produção contínua, como as calçadistas. O sistema foi elaborado para tornar os dados mais ágeis nos postos de inspeção, onde os inspetores da qualidade precisam registrar os problemas encontrados na linha de produção. Esses dados são apontados usando um tablet e exibidos em tempo real em um dashboard, com o qual a empresa pode personalizar de acordo com suas necessidades, mantendo, assim, todos os dados visíveis para tomadas de ação instantânea, diminuindo possíveis problemas da linha.


A Piccadilly é usuária desta tecnologia, desde 2018. Segundo o diretor Industrial, Pedro Simões, o objetivo é atender aos requisitos de tecnologia sustentável, processos ágeis e eliminação de papel. “Qualidade é a garantia de sobrevivência do nosso negócio e isso é indiscutível”, observa Pedro.


O CEO da EasyPro, Silvio Correa, conta que, com base em muitos feedbacks, a empresa entendeu que pode suprir uma grande necessidade do mercado implantando o sistema EasyQuality, pois o tempo que as informações levavam para chegar até o gestor era muito alto, prejudicando a tomada de decisão. “O processo de anotar em folhas de papel e lançar os dados em planilhas Excel era muito oneroso e suscetível a erros. Hoje, com essa tecnologia, o processo é instantâneo, diminuindo significativamente os retrabalhos e refugos gerados na linha de produção”, afirma.


Destacando que os principais avanços nos equipamentos estão nas máquinas de corte automático, máquinas de laser com sistema de visão e máquinas de costura programadas (automáticas), a importadora de máquinas industriais de corte, costura, laser e bordado, Impex, tem como carro-chefe nas vendas a máquina de costura de coluna modelo Impex 591.


Trata-se de uma máquina de costura de coluna, com arremate, corta fio e levantamento de calçador. Salientando que o sistema é utilizado para aplicações em calçados, artefatos, bolsas, tanto esportivo quanto casual, além de estofados, têxteis e interior automotivo, melhorando os níveis de produção, reduzindo o desperdício de material, e promovendo eficiência energética, velocidade e durabilidade, o diretor, Cesar Salomão Schaffer, também destaca o modelo Global LP 2881 - máquina de costura de coluna ultrarrápida com motor de passo garantindo melhor qualidade de ponto e lançadeira grande e o modelo EMMA-S2-5616 - uma mesa automática de corte por faca, área grande (1550 x 1560 mm), com projetor.


“A Impex se diferencia por oferecer aos seus clientes as melhores opções em custo benefício, tanto de maquinário quanto de peças de reposição, além de serviço permanente e personalizado”, considera Cesar Schaffer.


A Metal Coat produz verniz cataforético de diversas cores, podendo ser fosco ou brilhante, de alta resistência química, e aditivos galvânicos para enfeites e fivelas metálicas.


O gestor em verniz cataforético da empresa, Carlos Eduardo Pereira, ressalta que o verniz cataforético, por ser o mais resistente ao ácido fórmico, liberado pelo couro de bolsas e calçados, dando maior durabilidade e qualidade aos metais, é o mais procurado entre o portfólio oferecido pela empresa, sendo, inclusive, exportado para a América Latina, assim como os aditivos galvânicos. “Contamos com estoque local e técnicos especializados no Peru e México”, observa Carlos, destacando que, dentre os produtos de galvano, o maior volume de exportação é o cobre ácido de alta performance e baixo custo. Já no segmento de verniz cataforético, o maior volume são os foscos.


Na elaboração de cada produto existe a preocupação em proporcionar aumento na resistência dos metais que estão em contato com o couro. O verniz é eletrolítico, utiliza um retificador de alta voltagem e baixa amperagem, anodos em inox 316. O processo de aplicação é rápido, normalmente abaixo de 1 minuto, com cura em estufa a partir de 130ºC. Na linha de verniz, existem alguns equipamentos, bomba de recalque e membrana de ultra-filtração, que permitem o reaproveitamento do verniz em até 98%, minimizando perdas por arraste. “Nosso verniz cataforético proporciona um salto de qualidade para bolsas e calçados, permitindo que esses produtos sejam exportados com mais qualidade e durabilidade”, garante o gestor.


A Sazi produz soluções completas para o setor calçadista. Máquinas para operação de montagem de calçado - secadores e reativadores, conformadores, curadores de adesivo, máquinas para carimbar, trilhos e esteiras; máquinas para embalagem de calçado entre outros equipamentos para o setor calçadista; automações como o robô aplicador de adesivo; impressoras 3D e software de monitoramento do calçado.


Ao todo, são produzidos mais de 500 equipamentos/linhas ao ano, com destaque para a linha PUR - que traz uma nova alternativa ao processo de colagem de solas, através da automação da aplicação de adesivo PUR no solado, reduzindo a mão de obra, os produtos químicos utilizados e elimina, no mínimo, seis processos (riscar, asperar e passar adesivo no cabedal, além da secagem e reativação do adesivo em sola e cabedal), tornando o processo mais sustentável e eficiente.


Um destaque especial ao TRON, robô aplicador de adesivo PUR que, ndependentemente da posição que o solado entra no equipamento, graças as câmeras 3D, consegue garantir uma aplicação correta e uniforme em todas as peças, eliminando as falhas de aplicação do adesivo e o possível descolamento do solado.


Além do PUR, a empresa salienta a primeira linha de impressoras 3D (tecnologia SLA) desenvolvida no Brasil. “Em parceria com a Gate3D, criamos uma linha que conta com impressora, forno para cura, lavadora de peças e UV Led, possibilitando produção em nível industrial de impressão 3D. “A impressão 3D leva a indústria a um novo patamar em termos de velocidade, flexibilidade e criatividade, pois dispensa o uso de moldes e consegue, em questão de minutos, transformar projeto em peça acabada”, destaca o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Anderson Zini.


A Solvay produz polímeros, fibras e aditivos químicos para a indústria calçadista, e é líder mundial na produção de bicarbonato de sódio, principal componente da solução Alve-One - o mais recente avanço tecnológico que o grupo traz para a indústria calçadista.


Trata-se da inovadora e sustentável família de agentes expansores químicos para a produção de espumas termoplásticas (PVC, EVA, EPDM, PE, e outras resinas e combinações destas).


Conforme o gerente de Mercado Global - Soluções de Espuma de Plástico, Pedro Pinto, o Alve-One foi desenvolvido para trazer ao mercado de espumas poliméricas, presentes em solados e em chinelos, um novo agente expansor químico que seja uma alternativa segura, eficiente e econômica aos existentes no mercado, que ainda contêm substâncias restritas. “O desenvolvimento foi cuidadosamente formulado exclusivamente com matérias-primas sustentáveis e 100% seguras tanto para o homem quanto para o meio ambiente, cumprindo com a regulação química europeia (Reach) no que toca à não utilização de substâncias que suscitam elevada preocupação (SVHC)”, contextualiza Pedro.


O Alve-One é o resultado de cinco anos de desenvolvimento em colaboração com a indústria e a academia para atender a uma necessidade do mercado de espumas poliméricas: a substituição de um agente expansor químico comumente utilizado e cuja utilização foi considerada perigosa ao longo de todo o seu ciclo de vida. O produto vai se decompor endotermicamente para gerar uma estrutura celular no interior do polímero, gerando assim um produto final expandido e mais leve.


Com produção superior a 5 milhões de m² de espuma de látex e de PU, e Cellit, além de 50 milhões de palmilhas, a Zahonero está presente em vários países, e suas exportações são embarcadas para mais de 70 nações. Do Brasil, seus produtos embarcam, principalmente, para Argentina, Colômbia, Equador, Peru e Chile.


Em 2021, o departamento de desenvolvimento, com ajuda do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), desenvolveu novas linhas de espumas de látex, e PU, além de palmilhas com alto conteúdo de matérias-primas de origem orgânica e material reciclado.


Hoje, a empresa oferece espumas de látex com mais do 65% de látex natural, chegando recentemente a um novo produto com 99 % de látex natural. Nas linhas de espumas de PU, já desenvolveu artigos com bio material de soja do Brasil, além de ter reciclado de pneus ou reciclado de garrafas de pet.


“Com relação à linha de Latex BIO 99%, podemos dizer que o benefício do produto, além de ser ecológico, também tem propriedades superiores em elasticidade e resiliência. Já as espumas Cellfit Bio e Zero Waste, além de ser amigáveis ao meio ambiente, são uma alternativa a palmilhas sem tecido, com boa resiliência, absorção de suor, e umidade em geral”, considera o gerente geral, Salvador Ribó. Segundo ele, o objetivo é fechar o ciclo produtivo com 100% de reaproveitamento, além de trabalhar com materiais de origem sustentável, sem sacrificar a performance e retorno de energia de uma espuma tradicional.

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