top of page
Buscar

Mercado de EPIs em pleno aquecimento


Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nunca estiveram tão em destaque no Brasil como neste momento. Pessoas que talvez nem sabiam o que era um EPI, hoje utilizam diariamente para sua própria segurança. Com o olhar voltado para a segurança e saúde das pessoas, agora não somente no trabalho, mas na vida cotidiana, muitas possibilidades surgem e fazem evoluir necessidades latentes. Uma delas pode estar na relação da evolução do calçado profissional. De acordo com o gestor de inovação do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), Deivis Gonçalves, é comum ouvirmos profissionais que utilizam um calçado de segurança ou ocupacional queixarem-se do visual antiquado e pouco atrativo, seguido de comentários de insatisfação quanto ao peso e conforto.


Esse excesso de conservadorismo do setor referente a produtos evidencia-se quando se observam os índices de vendas, com preço médio a R$ 36,36 o par (Animaseg, 2019) ainda menor que o ano anterior, quando era R$ 37,13 (Animaseg, 2018). “Os calçados profissionais (EPIs) no Brasil ainda permanecem num modelo tradicional e pouco evoluído. Algumas justificativas poderiam ser utilizadas aqui, como a cultura do empresário no Brasil que vê o EPI como custo e não tem percepção de valor no calçado e nem dos benefícios que podem vir dele a partir da performance e conforto, dentre outros”, considera o gestor.


Lembrando que as empresas podem encontrar jus- tificativas para seguir a produção dos seus calçados do mesmo jeito - a chamada zona de conforto -, ele chama a atenção para o fato de que as oportunidades deste novo normal estão onde poucos já foram, ou seja, na diferenciação e evolução do EPI. “Não é uma invenção ou achismo, mas constatações a partir de estudos de merca- do, tendências de comportamento do usuário, evolução do ser humano e das megatendências globais. É só olhar para outros segmentos de calçados, que veremos um abismo entre o EPI e um calçado casual, assim como olhar para países mais desenvolvidos gera tendências que mais cedo ou mais tarde chegarão aqui”, argumenta Deivis, que periodicamente visita feiras deste setor realizadas fora do Brasil.


* Luís Vieira

Colaboraram Raquel Guimarães e Deivis Gonçalves

Comments


bottom of page