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Abertura gradual do comércio físico reflete positivamente no setor


A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) divulgou no dia 16 de junho o mais recente balanço realizado até então sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus no segmento calçadista brasileiro. Na semana anterior à data, conforme dados levantados junto a empresas do setor, foram perdidos cerca de 250 postos de trabalho, o menor número desde o início da pesquisa, no final de março. Dos postos perdidos, 102 foram no Rio Grande do Sul e 105 em São Paulo, e a soma totalizava 36,22 mil postos perdidos desde o início do levantamento. Rio Grande do Sul, com 10,8 mil postos perdidos, e São Paulo, com a perda de 10,79 mil postos lideram o ranking de demissões. O volume de demissões é cerca de 13% do total de empregos gerados pela atividade (269 mil postos em dezembro de 2019).


Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o dado confirma a projeção inicial da entidade, de que o quadro de demissões ficaria mais estável a partir do retorno gradual do funcionamento do varejo físico nos principais centros comerciais brasileiros. “O setor calçadista é muito dependente do mercado interno, especialmente do varejo físico, que responde por mais de 85% das nossas vendas totais. Com a abertura gradual das lojas, é natural que as coisas melhorem paulatinamente. Assim como o segmento sente rapidamente a queda na demanda, também sente rapidamente qualquer melhora no ambiente de vendas, com reflexo direto nos postos de trabalho”, comenta o dirigente, acrescentando que, no entanto, o setor ainda está longe de ter uma retomada mais substancial. “Lojistas ainda estão com produtos estocados”, conclui.

Queda na produção

O levantamento realizado junto às empresas também aponta que o setor vem operando com menos de 40% da sua capacidade instalada. A projeção é de uma queda de até 30% na produção de calçados ao longo do ano, o que faria o setor retornar a patamares de 16 anos atrás, com pouco mais de 640 milhões de pares produzidos. A pesquisa realizada pela Abicalçados com empresas do setor é atualizada semanalmente e pode ser acompanhada no site www.abicalcados.com.br.

Demissões do setor calçadista (23 de março a 16 de junho de 2020)

  • Rio Grande do Sul: 10.814 postos

  • São Paulo: 10.793 postos

  • Minas Gerais: 5.527 postos

  • Bahia: 4.824 postos

  • Ceará: 1.623 postos

  • Outros: 2.640 postos

  • Brasil: 36.221 postos

Dia dos Namorados deu um gás ao e-commerce

Os corações apaixonados não se abalaram pelo isolamento social e presentearam bastante no Dia dos Namorados. De acordo com dados coletados pelo Compre&Confie, empresa de Inteligência de Mercado focada em e-commerce, foram realizadas 15,8 milhões de compras online entre 28 de maio e 12 de junho (crescimento nominal 112,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado). Os pedidos renderam faturamento de R$ 6,45 bilhões - 115,8% mais do que em 2019.


“Após o início do isolamento social, consumidores mudaram seus hábitos de consumo para adquirir cada vez mais produtos pelo comércio eletrônico. Assim como já observado na Semana do Consumidor, em março, e Dia das Mães, recentemente, o crescimento nas vendas foi extremamente alto, alcançando patamares acima do dobro das vendas registradas no ano passado”, afirma o diretor executivo do Compre&Confie, André Dias. Ainda de acordo com o estudo, as categorias de produtos mais vendidas em volume foram: moda e acessórios, entretenimento, artigos para casa, beleza e perfumaria e informática e câmeras.


Os consumidores entre 36 e 50 anos foram os que mais compraram em volume (responsáveis por 33,9% das compras feitas no período). Em seguida estão os de 26 a 25 anos (31,7%), os de até 25 anos (19%) e, por fim, os que têm mais de 51 anos (15,4%).


No topo das regiões que mais venderam está o Sudeste (66,7% dos pedidos feitos), seguido pelo Nordeste (14,4%) e Sul (11,5%). Centro-Oeste e Norte ocupam as últimas colocações, com 5,3% e 2,1%, respectivamente. “Mesmo com o término da quarentena, a previsão é que as vendas no varejo digital permaneçam em alta, pois temos registrado a entrada de novos consumidores online, além do forte crescimento de categorias que até então pouco exploradas no comércio eletrônico”, observa André.

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