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COLUNISTA - O tempo não pára e não espera ninguém


O mundo se move e nós nos movemos com ele, em ritmo frenético às vezes. Embora o dia tenha as mesmas 24 horas, há uma sensação de falta de tempo e de que não conseguimos fazer tudo o que queremos. A tecnologia está a todo vapor, uma coisa acelera a outra, com soluções para praticamente tudo e cada vez mais rápido. Houve uma revolução na quantidade de informação e na maneira com que nos comunicamos, a semana passa rápido, o mês voa e com isso, quando percebemos, já é final de ano. Bioquimicamente existe uma explicação para a percepção do ritmo em que as horas e os dias passam, à medida que envelhecemos, acredita-se que a produção da dopamina, que é um neurotransmissor responsável pela diminuição da sensação de energia e disposição, esse processo desacelera o nosso relógio biológico.


E quando isso vai acontecer com você? Acredite, já está acontecendo!


O processo de envelhecimento é sutil e mesmo para os incrédulos ele acontece brandamente dia após dia. A relação de cada um com esse processo é singular, vai depender muito da sua história pessoal e de como utilizou o seu tempo até adquirir mais idade. Entender as alterações fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento pode ajudar a amenizar seus efeitos, então vamos ver, envelhecer representa diminuir de estatura e de peso, aumentar a gordura corporal, perder tecido ósseo/muscular e diminuir a quantidade de água corporal total. A perda da estatura acontece na ordem de um (1) cm por década aproximadamente e se explica que ocorre alterações, em especial nos arcos dos pés, aumento das curvaturas da coluna e também pela diminuição da coluna vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais, decorrentes aos esforços de compressão vertebrais a que são submetidos.


De modo geral, há uma tendência de a massa corporal aumentar até os 70 anos de idade, quando inicia um decréscimo em torno de aproximadamente 0,4 kg por ano. Em idosos a combinação do aumento de massa gorda e a redução da massa magra é chamada de obesidade sarcopênica, o que significa que consequentemente o indivíduo terá menor qualidade em sua contração muscular, menos força, menor coordenação dos movimentos e, provavelmente, maior probabilidade de sofrer quedas. Com o passar dos anos as fibras de contração muscular rápida ou do tipo II vão diminuindo em número e de volume e as fibras de contração lenta também diminuem, mas em menor proporção do que as primeiras. Este fato pode explicar a menor velocidade que se observa nos movimentos dos idosos.


Então, envelhecer é uma punição do universo onde não há nada de bom para se viver? Errado, envelhecer é pura e simplesmente a única maneira de viver mais tempo, com seus desgastes, sim, no entanto, quando compreendemos que envelhecer é inerente ao ser humano e, sobretudo, compreendemos as mudanças que são decorrentes deste processo, entendemos que o tempo envelhece o corpo pelo privilégio da vida longa que se teve, de ter sobrevivido a inúmeros finais e ter tido a oportunidade de muitos recomeços. É participar ativamente deste mundo que evolui com muita rapidez mesmo que, como canta Nando Reis “eu não caibo mais nas roupas que eu cabia (...) no espelho esta cara já não é minha” , ainda somos nós e como começamos a envelhecer desde que nascemos, somos merecedores de termos essa “fragilidade” respeitada e reconhecida, principalmente no nosso dia a dia, como consumidores que somos a vida inteira, com poder de decisão e direito a consumir produtos de qualidade, que se ajustem as necessidades e entendam as limitações ditadas pelo tempo.


Para os empresários que já estão com o olhar voltado para os mais maduros, podemos auxiliar testando seu pro- duto para certificar que ele atende as necessidades dessa maioria.

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