Durante a primeira edição de 2021 do Happy Hour com Tecnologia do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), acontecida no dia 24 de fevereiro, o tema abordado foi Estratégias inovadoras e soluções para um novo mercado. O vice-presidente executivo do Instituto, Dr. Valdir Soldi, foi o mediador do encontro que reuniu o gestor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da FCC, Filipe Fagundes, e o diretor geral da Zahonero Brasil, Salvador Ribó Mesquida. Após a apresentação de um video sobre a história e o posicionamento de cada empresa, o mediador abriu as discussões pedindo que cada um dos debatedores falasse sobre sua empresa.
Filipe Fagundes contou que a FCC completaria 52 anos em março e destacou a importância do setor calçadista no portfólio de clientes e de produtos da indústria. Lembrando que a proposta da empresa é participar e contribuir com soluções em diversos mercados, explicou que a fornecedora vem agregando novas tecnologias em desenvolvimentos químicos, que são a sua especialidade, iniciando com os adesivos e mais tarde elastômeros e termoplásticos. “À medida que o portfólio foi incrementado a empresa passou a entrar também em outros mercados, como automotivo, saúde, higiene, construção civil, utilidades domésticas, entre outros”, comentou.
Salvador Ribó Mesquida afirmou que a Zahonero é uma empresa com 140 anos de existência. De origem espanhola, conta hoje com dez unidades em dez países diferentes, sendo que no Brasil, está há 40 anos, fornecendo especialmente para o mercado de calçados, a sua especialidade. Também salientou que “a pandemia nos fez desenvolver outras áreas, para colaborar com todos”.
Perguntados sobre o que representou o ano de 2020 para suas empresas, Filipe afirmou que o reposicionamento estratégico da FCC vem sendo construído há muito tempo, quando a empresa entendeu que a forma de se diferenciar seria com inovação de produtos. “Nós nos preparamos para momentos como este, em que aparece a complexidade, mas ao mesmo tempo, uma grande oportunidade”, ressaltou Filipe, citando o autor Roan Gibson como referência para os gestores da FCC, com sua obra Inovation to de core, na qual especifica quatro engrenagens para o desenvolvimento das empresas - liderança, posicionamento estratégico, processos e ferramentas e por fim, cultura de valores. De acordo com Filipe, esta construção, ao longo dos últimos anos, levou a FCC ao patamar em que está. “A nova forma de ver a empresa, os nossos produtos e como conseguimos levar esses produtos com maior valor aos nossos clientes, nos auxiliou a estar sempre renovando, captando com velocidade as novas oportunidades existentes no mercado e as transformando em soluções e, como consequência, conseguimos conquistar um share maior de mercado”, observou ele, complementando a informação destacando que a pandemia fez a empresa revisar os processos internos e de entrega, melhorando o desempenho.
Salvador Mesquida afirmou que “a pandemia para nós foi um choque, em primeiro lugar nos mostrou que temos que trabalhar a curto prazo, e começar a nos enxergar pessoalmente e profissionalmente pensando sobre o que podemos mudar. Hoje, a Zahonero é mais funcional do que em janeiro de 2020”, determinou.
Sobre a forma como a empresa implementou projetos de inovação, ele explica que “a definição de inovação está em todo lugar da empresa. A primeira inovação que fizemos foi abrir nossas cabeças, buscar novas ideias para começar a trabalhar”.
Para enfrentar o momento de pandemia, a Zahonero começou a buscar mercados fora daqueles que estava habituada a atender. “Agora vemos que temos possibilidade de produzir mais materiais para setores como brindes, carpetes, produtos automotivos, por exemplo. O mais importante da pandemia foi que possibilitou a empresa a ver que existe a possibilidade de pensar de outras formas”, enfatizou.
Quando o Dr. Valdir Soldi perguntou aos debatedores se é verdade que durante a pandemia as empresas inovaram mais, Salvador Mesquita respondeu que “a pandemia nos deu a oportunidade de falarmos mais com o pessoal interno e também permitiu que as empresas buscassem em suas gavetas projetos que estavam parados e que não recebiam atenção, revisitando ideias que já haviam sido pensadas, mas não colocadas em prática”, resumiu.
Já Filipe Fagundes afirmou que para a FCC a inovação sempre foi uma realidade. “Hoje a FCC não produz nenhum produto do início de sua história. Nossos produtos sempre foram reinventados, pois estamos constantemente ouvindo o mercado, gerando ideias para novas soluções definidas a partir dos contatos com nossas redes de conexões. Ter a cabeça aberta e parceiros sempre próximos nos dá oportunidade de criar estas soluções” contextualizou. Ele falou também sobre um dos produtos lançados durante a pandemia. “Estamos oferecendo ao mercado um aditivo antiviral extremamente conectado com a necessidade do momento. Uma inovação com timing - o antiviral é necessário agora, neste momento que o mundo vive”, pontuou.
Salvador Mesquida destacou que a Zahonero trabalha permanentemente a inovação em seus produtos, que evoluem de acordo com as necessidades dos clientes. “Estamos também focados em deixar nossos produtos cada vez mais sustentáveis”, sublinhou. Sobre os efeitos da pandemia, ele diz entender que a empresa está mais próxima dos clientes e evoluiu na forma de vender. “Internamente, estamos trabalhando as dez unidades da companhia em sintonia, buscando adotar ações conjuntas para inovar, otimizar processos e melhorar o relacionamento com o mercado”, exemplificou
Os dois debatedores ainda enfatizaram o compromisso de suas respectivas empresas com a sustentabilidade e com a busca de utilizar cada vez mais insumos de fontes renováveis ou de reaproveitamentos.
O Happy Hour com Tecnologia tem o patrocínio de Zahonero - www. zahonero.com e Rhodia - www.rhodia. com.br.
Comments