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Distanciamento social transforma o comportamento de consumo


Impactados pela pandemia do novo coronavírus, somos invadidos por uma série de preocupações. A instabilidade da economia e o consequente efeito da crise impactam diretamente na renda e os hábitos de consumo são proporcionalmente afetados. À medida que a pandemia avança, cresce a preocupação da população e, no caso do Brasil, a situação política e econômica faz com que os índices sejam maiores que a média global.


Com menos dinheiro para gastar, o planejamento financeiro se faz cada vez mais necessário, assim como o interesse pelos preços, descontos e promoções. Desde o início do distanciamento social, o e-commerce tem apresentado crescimento entre os consumidores, com destaque para os domicílios com crianças. A realidade de uma quarentena com filhos em casa cria necessidades específicas que o comércio eletrônico pode atender em diversos aspectos, fazendo desse público o mais inclinado a aumentar ainda mais as compras online no futuro.


Uma das mudanças mais significativas, segundo o estudo Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais para evitar aglomeração. Antes da pandemia, isso se concentrava principalmente em atacarejos.


No primeiro trimestre de 2020, em comparação com o último de 2019, mais de 2 milhões de lares passaram a comprar em pequenos varejos, mais de 1,2 milhão em varejos tradicionais e mais de 200 mil em supermercados da vizinhança.


Para 60,2% dos entrevistados a mudança deve-se à necessidade de evitar aglomerações, 59,6% a fizeram para não ter grandes deslocamentos, enquanto 53,5% a justificam pelos preços acessíveis. O estudo também segmentou os perfis de compra para cada tipo de canal de venda. Enquanto os minimercados atraem majoritariamente pessoas de 40 a 49 anos das classes CDE, com filhos adultos, o varejo tradicional é o preferido de quem tem até 29 anos e crianças pequenas.


Outro canal que passou por uma reformulação em seu formato para atender necessidades mais específicas do consumidor foi o hipermercado, que agora ganha relevância em missões de reposição, com tíquete médio menor e menos itens no carrinho de compras. O atacarejo também passa por uma transformação, atendendo não apenas compras de estocagem, mas também crescendo nas de reposição, movimento de fidelização dos consumidores que o frequentam.


Outros dados do relatório mostram que no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, o gasto médio em bens de consumo massivo subiu 7,7% e os preços 4,8%. E ao mesmo tempo em que a frequência de compra aumentou 4,6%, o que representa uma visita a mais por mês ao ponto de venda, a quantidade de unidades compradas por viagem diminuiu 1,7%. Este aumento no consumo foi detectado principalmente nas classes AB e DE.

E-commerce e Delivery

O comércio eletrônico ganhou espaço na preferência dos consumidores. Considerando toda a América Latina, houve um crescimento de 3,3 vezes nas quatro primeiras semanas após a decretação da quarentena, sendo 2,3 vezes no Brasil. 68% dos respondentes brasileiros dizem que os apps de entregas em domicílio os satisfazem totalmente no quesito velocidade, 63% na facilidade de uso, 64% na qualidade dos produtos e 77% na facilidade de pagamento. Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas: O delivery também veio para ficar. O sistema ganhou 38% de novos usuários no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo trimestre de 2018, sobretudo na classe AB (+11%). As três categorias mais beneficiadas foram fast food, pizzas e pratos/refeições, sendo os adultos e jovens adultos os públicos que mais impulsionaram o consumo de indulgências.

Cestas

Outra alteração significativa foi no hábito de compra. No pré-isolamento o objetivo dos consumidores foi grande estocagem, especialmente das cestas de limpeza e alimentos. Já no final do mês de abril, alimentos e bebidas se destacaram, e o setor de higiene e beleza passou para segundo plano. A dinâmica de compra de fim de mês foi suavizada, com tendência de retração. Na semana de 4 de maio, em comparação com a de 9 de março, os brasileiros optaram por opções mais indulgentes dentro de casa. O consumo de ingredientes para doces e de cerveja cresceu: leite condensado 61%, creme de leite 45%, cerveja 42% e leite 39%. Por outro lado, houve queda na compra de itens como queijo, fraldas e frangos.

Bebidas alcoólicas

A partir de 20 de março, devido à necessidade de isolamento social, o consumo fora do lar de cervejas foi trocado para o dentro do lar. Só nos finais de semana houve um crescimento de 9% de ocasiões da bebida quando analisamos o primeiro trimestre de 2020 versus o mesmo período do ano passado. O mesmo aconteceu com vinhos, que ganharam 19% de novas ocasiões durante a semana e 6% aos sábados e domingos. Quase 90% de seu consumo é feito como acompanhamento de pratos.

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