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Compromisso de zerar balanço de emissões de gases do efeito estufa


A JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, apresentou no dia 25 de março, sua meta de se tornar Net Zero até 2040 durante a Cúpula Global 2021, evento organizado pela Climate Governance Initiative, em cooperação com o Fórum Econômico Mundial.


Em reunião online para debater riscos e oportunidades que a emergência climática representa para empresas e o mundo, o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, destacou que a companhia se comprometeu a zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2040, reduzindo a intensidade de emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual.


“O Net Zero não é apenas a coisa certa a se fazer. É nossa única opção como sociedade. O aquecimento global já está tendo impacto devastador sobre os cidadãos globais mais vulneráveis. Se não agirmos agora, o mundo enfrentará um desastre climático”, disse Gilberto, durante sua fala no painel Acelerando a Ação Climática Corporativa, que contou ainda com a participação de representantes de companhias de setores como a indústria química, de eletrônicos, automotiva, de petróleo e logística, com sede na América, Europa, Oceania e Ásia. Juntos, esses líderes compartilharam experiências sobre como as mudanças climáticas estão impactando suas prioridades, seus portfólios de projetos relacionados ao clima e abordagens de alocação de capital.


Como um dos palestrantes principais do painel, Gilberto destacou que a empresa se tornou a primeira do setor de proteína animal com atuação global a aderir à campanha das Nações Unidas para a redução de emissões. Segundo o CEO, a meta Net Zero da JBS até 2040 inclui as operações de toda a empresa (escopo 1) e as emissões indiretas provenientes da geração de eletricidade para a companhia (escopo 2), assim como de sua diversificada cadeia de valor, que engloba produtores agrícolas e demais fornecedores (escopo 3). Essa decisão não se limitará a uma parte do portfólio das marcas da JBS, como orgânicos ou plant-based. Vai abranger todos os produtos, de todas as cadeias.


Ainda não há todas as respostas de como esse caminho vai ser percorrido, mas “a JBS confia muito na ciência e nos investimentos que fará para encontrar respostas para as perguntas que surgirem”, disse Tomazoni. Para ele, “se adotarmos a mentalidade certa e concentrarmos nossos esforços, energia, investimento e potencial humano no combate à mudança climática global juntos, poderemos salvar nosso planeta para as gerações futuras e, se assim for, teremos orgulho de que nossas ações hoje levaram a um amanhã melhor. Estamos agarrando essa oportunidade com as duas mãos”.


De acordo com estimativas das Nacões Unidas, a população mundial deverá crescer de 7,7 bilhões de pessoas hoje para quase 10 bilhões até 2050. “São 2 bilhões de bocas a mais para alimentar e 2 bilhões de vidas que têm o direito de buscar realizar seus sonhos. Devemos fazer cada vez mais para que cada refeição seja saudável e nutritiva para a família que a consome e sustentável para o planeta”, disse Gilberto.


Ele citou estimativas recentes que indicaram que o desmatamento ilegal no Brasil representa 99% de todos os alertas de derrubada de florestas no País, e lembrou que a JBS construiu um caminho para eliminar o desmatamento ilegal de sua cadeia de suprimentos há mais de uma década, estabelecendo política de compra responsável e desenvolvendo sistemas de monitoramento por satélite para rastrear mais de 50.000 fazendas fornecedoras de bovinos no Bioma Amazônico. “Recentemente, começamos a implementar uma nova plataforma que usará a tecnologia blockchain para monitorar os fornecedores de nossos fornecedores na Amazônia até 2025 e em todos os outros biomas do Brasil até 2030”, acrescentou.


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