Ampliar a participação dos pequenos negócios nas exportações brasileiras e aumentar o nível de competitividade dessas empresas no mercado global. Essa é a principal meta do acordo de cooperação firmado no dia 10 de fevereiro, entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A parceria vai atender, no primeiro momento, 300 empresas com potencial para serem internacionalizadas. A meta é converter, no mínimo, 20% desses pequenos negócios em empresas exportadoras, no prazo de três anos.
O acordo de cooperação foi assinado em um evento virtual que contou com as presenças do Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa; do presidente do Sebrae, Carlos Melles e do presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, além de diretores das duas instituições.
O secretário Carlos Da Costa destacou que essa ação é uma das mais transformadoras em curso no País. “A internacionalização das pequenas empresas brasileiras é um forte indutor de crescimento da economia. Os pequenos negócios representam 99% das empresas brasileiras e são responsáveis pela manutenção do emprego, mesmo com a pandemia. Mas ainda encaram um sério desafio que é a questão da produtividade”, comenta o secretário. Segundo ele, ao expandirem suas ações para o mercado externo, elas terão - como efeito direto - a elevação dos seus níveis de produtividade e competitividade.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, comentou que o governo está comprometido com o esforço de elevar a participação dos pequenos negócios nas exportações. Apesar de representarem cerca de 38% das empresas que exportam, as micro e pequenas empresas respondem por menos que 1% das vendas brasileiras ao exterior. “Nós temos um potencial enorme para explorar. O aumento dessa participação das MPE no volume de exportações vai gerar milhões de novos empregos e diversificar a nossa pauta com o mercado externo”, complementou o presidente do Sebrae.
Sergio Segovia, presidente da Apex-Brasil, ressaltou, dentre outros aspectos, a importância da valorização das Indicações Geográficas brasileiras (IG). “As IGs têm uma vocação natural para a exportação. Essa parceria que estamos firmando, juntamente com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, vai fortalecer a atuação das nossas IGs no mercado internacional”, comentou Sergio. Ele reforçou a análise feita pelo secretário Carlos da Costa e ressaltou que as ações de qualificação e a geração de inteligência de mercado vão subsidiar os empresários brasileiros e ampliar a competitividade das micro e pequenas empresas do País no mercado internacional.
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