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A indústria global de calçado debate os desafios em 2021


No último mês de fevereiro, a Confederação Europeia do Calçado (CEC) organizou a quinta edição do Fórum Internacional de Calçados (IFF). Realizado virtualmente, o evento reuniu 25 associações de 24 países em todo o mundo para discutir desafios comuns para a indústria de calçados. Caminhos potenciais para o a recuperação da indústria da crise Covid-19 foi o tema central no encontro. Em seu discurso de abertura, o presidente do CEC, Luis Onofre, disse que o objetivo principal é buscar inspiração para melhor ajudar a indústria calçadista a sobreviver e progredir nesta nova realidade.


A seguir, dois palestrantes apresentaram suas opiniões sobre as melhores estratégias para restaurar o crescimento e estabelecer os elementos-chave que devem moldar a recuperação do setor. Denis Redonnet, diretor-geral adjunto e chefe do Departamento de Comércio Oficial da DG Comércio da Comissão Europeia, enfatizou o seu entendimento da necessidade de se abrir e comércio baseado em regras para sustentar a recuperação econômica. Por outro lado,

Achim Berg, sócio sênior e líder global do grupo McKinsey’s de vestuário, moda e luxo, destacou as mudanças duradouras trazidas pela crise e como as interrupções na cadeia de suprimentos e o comportamento do consumidor mudou o roteiro para ter sucesso para sempre.


A resposta não é protecionismo, mas política comercial adequada e cooperação internacional


Denis Redonnet destacou a importância de não ceder à tentação de protecionismo. Envolvendo-se com parceiros globais para garantir condições equitativas e apoiar um sistema baseado no comércio aberto com base em regras é a melhor política possível hoje. Como Onofre apontou no seu discurso de abertura, as medidas de proteção, muitas vezes retratadas como uma forma de proteger as indústrias nacionais da crise econômica, na verdade podem resultar em empresas menos competitivas no médio a longo prazo. Já a abertura e regras claras serão benéficas para todas as indústrias da UE e globais, possibilitando uma integração das cadeias de abastecimento. Denis salientou a necessidade de uma política comercial bem adaptada aos novos desafios que emergiram da crise. “O comércio terá um grande papel na a recuperação, mas apenas se sua abordagem e os acordos que a sustentam forem modernizados e melhor adaptados à nova realidade”, argumentou.


Nova realidade, novas regras


Apresentando as principais conclusões do estudo The Business of Fashion 2021/McKinsey & Co. Achim Berg enfatizou o quão devastador 2020 foi para a indústria da moda, com lucros econômicos totais sendo 93% abaixo dos níveis de 2019. Além de lucros menores e crescimento prejudicado, a crise da Covid-19 resultará em mudanças duradouras na demanda e no comportamento do consumidor e também nos modelos de varejo.

Considerando que o manual do sucesso mudou para sempre devido à interrupção da cadeia de suprimentos da moda - desde o sistema de abastecimento de matérias-primas até os canais de distribuição ao consumidor final -, Achim lembra que novos caminhos surgiram para a indústria da moda neste mundo pós-Covid-19.


“O digital e o e-commerce, por exemplo, criaram novas oportunidades para definir estratégias digitais eficientes e atrair novos consumidores, já a sustentabilidade está ganhando impulso e se tornou uma estratégia economicamente atrativa para a competitividade das empresas, gerando oportunidades para ampliar a participação no mercado”, sublinhou.


Ele recomendou aos executivos que respondem rápida e conscientemente ao gerenciamento de riscos. “Decisões tomadas hoje moldarão o futuro da indústria”, finalizou.

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